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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - edição 1969)

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De Demopædia
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Regresso ao Página principal | Prefacio | Índice
Capítulo | Introdução | Conceitos gerais índice 1 | Elaboração das estatísticas demográficas índice 2 | Distribuição e composição da população índice 3 | Mortalidade e morbidade índice 4 | Nupcialidade índice 5 | Fecundidade índice 6 | Crescimento e reposição da população índice 7 | Migração índice 8 | Aspectos econômicos e sociais da demografia índice 9
Secção | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93

Aspectos econômicos e sociais da demografia

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A expressão "teoria da população" (V. 104-1) é empregada nas mais variadas acepções. Em sentido restrito, refere-se ao tratamento sistemático das bases lógica e matemática da demografia pura (102-3). Por outro lado, é usada com relação ao tratamento puramente especulativo das questões de população. No passado, os estudos das inter-relaçoes entre os fenômenos demográficos e outros eram de caráter um tanto teórico. Atualmente, há grande empenho em tornar os estudos interdísciplinares mais objetivos, baseando-os nas relações específicas entre os resultados de investigações demográficas e aqueles obtidos através de outros tipos de pesquisas científicas. O tratamento teórico da população se concentrava, anteriormente, nas relações entre a população total e os recursos1, isto é, os meios disponíveis para sua manutenção, ou a produção2 — criação de bens e serviços.

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As considerações sobre a relação entre a população e os recursos levam a conceitos de superpopulação1 e subpopulação2. Essas definições são válidas apenas, é claro, com referência a um nível de desenvolvimento3 fixado. Diz-se que há superpopulação se a redução do número de habitantes fosse vantajosa para a população. Para uma subpopulação, ao contrário, haveria vantagem no aumento do número de habitantes. Quando nem o aumento, nem o decréscimo são considerados proveitosos para a população, ela é uma população ótima4, ou seja, seu quantitativo constitui um ótimo4 de população. Sendo as vantagens de caráter econômico, fala-se em ótimo econômico5. As avaliações dos ótimos econômicos giram em torno do bem-estar econômico mas, dada a dificuldade de sua determinação empírica, baseiam-se no nível de vida6 ou padrão de vida6 deduzido através da renda média por habitante7, também chamada renda \"per capita\"7, isto é, dividindo-se o total de bens e serviços produzidos durante certo período (ou sua equivalência em renda monetária ajustada à variação do poder aquisitivo) pelo total da população no mesmo período.

  • 5. Alguns autores adotam conceitos de ótimo de poder e ótimo social, além de ótimo econômico.
  • 6. A expressão "padrão de vida" é empregada, por alguns economistas, apenas para designar o conjunto de necessidades básicas atendidas, em contraste com o nível de vida realmente alcançado. Outros usam os dois termos indiscriminadamente.

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Ultimamente, os economistas têm enfatizado as relações dinâmicas entre o crescimento econômico1 ou desenvolvimento econômico1 e as taxas de crescimento e alterações na estrutura da população; há uma tendência cm utilizar o conceito de taxa ótima de crescimento da população2, isto é, a taxa do crescimento compatível com a taxa máxima de aumento do nível de vida, principalmente nos países subdesenvolvidos3, onde as relações entre o crescimento demográfico e o bem-estar econômico são estudadas.

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A população máxima1 de um território, também chamada densidade potencial1 (313-6) significa, em sentido absoluto, o maior número de pessoas que poderiam ser mantidas sob determinadas condições; todavia, pode, em alguns casos, referir-se ao maior número de habitantes admissível, tendo em vista um suposto padrão de vida. Inversamente, considera-se população mínima2 o menor número de pessoas em uma área, compatível com a sobrevivência do grupo3.

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O termo pressão demográfica1 ou pressão da população1 tem várias significações. De acordo com a teoria malthusiana da população2 (104-1), assim chamada devido a seu autor, há, inevitàvelmente, pressão da população sobre os meios de subsistência3. Qualquer alteração no volume dos meios disponíveis de subsistência acarreta o crescimento da população (701-1) até ser novamente alcançado o equilíbrio demográfico4 ou equilíbrio populacional4, isto é, o nível de vida mínimo para subsistência ou mínimo vital5. O equilíbrio é mantido pela eliminação dos excedentes populacionais, através de obstáculos positivos6 ou obstáculos repressivos6, também conhecidos como obstáculos malthusianos6 (fome, epidemia e guerra), ou dos obstáculos preventivos7 de constrangimento moral8, constituídos do retardamento matrimonial9 ou retardamento da idade matrimonial9, associado à abstinência sexual.

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Denomina-se malthusianismo1 a doutrina que preconiza a restrição do crescimento da população, através de obstáculos preventivos. O neomalthusianismo2, ampliando a concepção original de Malthus, recomenda a utilização de métodos de controle da natalidade (624-3) na contenção do aumento populacional.

  • 1. malthusianismo, s.m. — malthusiano, s.m., adepto da doutrina de Malthus; adj., relativo a Malthus ou ao malthusianismo. Na França, o termo "malthusianismo" tem um sentido mais amplo, aplicando-se a qualquer doutrina que preconize uma restrição do crescimento populacional, por qualquer razão; é usado, também, como sinônimo de restricionismo econômico.

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O processo de transição de uma situação de fecundidade e mortalidade relativamente altas, para uma de fecundidade e mortalidade baixas, ocorre em muitos países e denomina-se revolução demográfica1 ou revolução vital1. Alguns autores alegam que o processo de industrialização provoca uma alteração demográfica, caracterizada pela queda da mortalidade, seguida, após algum tempo, pela diminuição da fecundidade, resultando ura rápido crescimento da população durante o período de transição demográfica2. A atenção dos economistas tem se voltado para as variações da produtividade3, isto é, da produção por participante da força de trabalho ou por habitante, associadas a êsse período transitório.

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