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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - edição 1969)
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A teoria da reposição da população1 considera a população como um conjunto renovável2, no sentido matemático do termo. Distingue-se a reposição bruta3, na qual não se considera a mortalidade antes do final do período reprodutivo (620-1), da reposição líquida4 em que tal mortalidade é levada em conta.
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No estudo da reposição, os índices mais usados são as taxas de reposição1, geralmente taxas de reprodução feminina2 ou taxas de reprodução materna2. Define-se a taxa líquida de reprodução3 feminina (V. também § 713) como o número médio de filhos do sexo feminino dados à luz por uma geração hipotética feminina (116-2) sujeita a taxas de fecundidade (631-8) e mortalidade (401-2) por idade, durante dado período. A taxa bruta de reprodução4 feminina é calculada de modo semelhante, supondo-se a mortalidade antes do final da idade reprodutiva igual a zero. Podem-se determinar as taxas de reprodução masculina5 ou taxas de reprodução paterna5 analogamente, adotando-se nascimentos e geração masculinos. Têm sido sugeridas taxas de reprodução conjunta6 onde seriam considerados ambos os sexos. Quando a experiência de uma coorte real é utilizada na elaboração de taxas de reprodução, obtêm-se taxas de reprodução de coorte7 ou taxas de reprodução de geração7. As taxas de mortalidade e fecundidade, usadas na construção dessas taxas, referem-se a diferentes períodos de tempo. Na falta de estatísticas de fecundidade por idade, pode-se empregar o chamado índice de reposição8 ou a relação do quociente da divisão do número de crianças de determinada idade (em geral de menos de 1 ano ou de 0 a 4 anos) pelo número de mulheres em idade reprodutiva da população real, para o quociente correspondente da população estacionaria (703-6).
- 1. Alguns demógrafos empregam o termo taxa de reposição para designar uma taxa de reprodução que leva em consideração a emigração e a imigração
- 3. Na Inglaterra tem sido calculada uma variante da taxa líquida de reprodução, denominada taxa de reprodução efetiva, na qual combinam-se taxas de fecundidade por idade em determinado período com taxas estimadas de futura mortalidade por idade. A tabela que apresenta o produto da taxa de fecundidade por idade e o número de anos vividos dentro desse grupo na tábua de mortalidade é conhecida como tabela de fecundidade líquida.
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Outros índices de reposição podem ser calculados. Por exemplo, a taxa líquida de fecundidade é, algumas vezes, dividida em componente legítima1 e componente ilegítima2. Assim, calcula-se uma taxa líquida de reprodução no casamento3 que determina o número de filhos legítimos do sexo feminino que terão os recém-nascidos do mesmo sexo, se as taxas de mortalidade, fecundidade nupcialidade e dissolução do casamento, durante dado período, permanecerem inalteráveis. Geralmente, são taxas femininas, mas é possível calcular taxas masculinas análogas.
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A taxa líquida de reprodução (711-3) e a taxa intrínseca de crescimento-natural (703-1) são altamente relacionadas entre si. A primeira mede da crescimentcimento da população estável (703-2), implícito por determinadas taxas de fecundidade e mortalidade (401-2) por idade, durante um período equivalente à duração de uma geração1 ou intervalo médio entre gerações sucessivas1. A duração do uma geração feminina é aproximadamente igual à idade média das mães2 que tiveram filhos vivos do soxo feminino, desde que prevaleçam taxas de fecuncüdade e mortalidade por idade, durante dado período. Os índices de reposição são, em geral, índices sintéticos (153-4), relacionados ixim gerações hipotéticas3, gerações fictícias3 ou gerações sintéticas3.
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