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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - edição 1969)

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De Demopædia
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Regresso ao Página principal | Prefacio | Índice
Capítulo | Introdução | Conceitos gerais índice 1 | Elaboração das estatísticas demográficas índice 2 | Distribuição e composição da população índice 3 | Mortalidade e morbidade índice 4 | Nupcialidade índice 5 | Fecundidade índice 6 | Crescimento e reposição da população índice 7 | Migração índice 8 | Aspectos econômicos e sociais da demografia índice 9
Secção | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93

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As estatísticas de mortalidade são, em geral, levantadas através do registro de óbitos (V. 211). Ao ocorrer um óbito é expedida uma certidão de óbito1, de onde são compiladas as informações para elaboração das estatísticas. Em alguns países, distingue-se o atestado de óbito2, fornecido pelo médico que assistiu à pessoa falecida durante sua última enfermidade, da certidão de óbito do registro civil, para fins legais.

  • 1. As primeiras estatísticas de mortalidade foram compiladas de listas de óbitos, elaboradas com base nos registros de sepultamento.

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O curso da mortalidade através da vida pode ser representado por uma tábua de mortalidade1 ou tábua de sobrevivência1 que consiste de uma ou mais funções biométricas2ou funções das tábuas de mortalidade2, todas matematicamente relacionadas e que podem ser, geralmente, derivadas quando o valor de uma delas é conhecido. A função de sobrevivência3 mostra o número de sobreviventes4 de uma geração (116-2) à idade x, supondo a geração submetida às taxas de mortalidade estudadas .O número de nascimento da geração inicial é conhecido como raiz5 da tábua e o processo de redução é conhecido como extinção6. Sabendo-se a função de sobrevivência é possível calcular a probabilidade de vida7 ou taxa de sobrevivência7 da idade x à idade x + n.

  • 4. O número de sobreviventes à idade x é representado por lx.
  • 7. A probabilidade de vida da idade x à idade x + n é expressa por npx e da idade x à idade x + 1, por px.

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As diferenças entre o número de sobreviventes (431-4) a diferentes idades dão o número de mortos dentro do intervalo de idade ou a função de mortalidade1. A proporção de mortos entre as idades x e x + n para o número de sobreviventes à idade x é chamada probabilidade de morte2 entre as idades x e x + n. O coeficiente central de mortalidade3 é a proporção dos óbitos ocorridos entre as idades x e x + n para o número médio de pessoas vivas àquela idade. A força de mortalidade4 ou taxa instantânea de mortalidade4 é a derivada do logaritmo natural da função de sobrevivência (431-3) tomada negativamente .

1, O número de mortes entre as idades x e x + n é representado por ndx e, entre as idades x e x +1, por dx.
2, A probabilidade de morte entre as idades x e x + n é expressa por nqx e, entre as idades x e x + 1, por qx.

  • 3. O coeficiente central de mortalidade à idade x é denotado por mx.
  • 4. A força de mortalidade à idade x é indicada por µx.

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Integrando a função de sobrevivência (431-3) entre duas idades dadas, obtém-se o número de anos vividos1 ou a vida total1 da coorte entre essas idades. Calcula-se, igualmente, o numero de anos vividos depois de certa idade2, pela referida geração, o qual, dividido pelo número de sobreviventes à idade x, representa o número médio de anos vividos depois dessa idade, pelos indivíduos que a atingiram, isto é, a esperança de vida3 àquela idade. A esperança de vida ao nascer4 é também chamada vida média4. O inverso da esperança de vida ao nascer pode ser utilizado como um índice de mortalidade, sob o nome de taxa de mortalidade deduzida de uma tábua (de mortalidade)5. Algumas vezes, denomina-se potencial de vida6 de um indivíduo a esperança de vida do mesmo à idade x, sendo o potencial de vida de uma população o total dos potenciais de vida de seus membros.

  • 1. A notação para o número de anos vividos entre as idades x e x + n
    é nLx
  • 2. A notação para o número de anos vividos depois da idade x Tx.
  • 3. A esperança de vida à idade x, denotada por x, é às vezes denominada esperança completa de vida para distinguir-se da esperança abreviada de vida, ex, obtida substituindo-se a integral da função de sobrevivência a partir da idade x, pela soma dos sobreviventes da tábua de sobrevivência a partir da idade x + 1 (sendo x um número inteiro de anos); esta aproximação conduz a um erro de cerca de meio ano.

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A vida provável1 ou vida mediana1 (V. 140-6) é a idade na qual a geração inicial que constitui a raiz de uma tábua de sobrevivência se reduz à metade. A distribuição dos óbitos por idade na tábua de mortalidade (431-1) apresenta, geralmente, vários máximos, dos quais um se situa próximo ao final da idade adulta (324-4) ou na velhice (324-6). A idade correspondente a êsse máximo é a idade modal de óbito2 (V. 140-8) ou idade normal de óbito2 e a duração de vida correspondente é chamada vida normal2. Tal índice representa, melhor do que a vida mediana ou do que a vida média (433-4), a duração da vida humana3. Confunde-se, às vezes, essa noção de duração da vida, mais comumente observada entre os indivíduos que atingiram a idade adulta, com a longevidade4 da espécie humana, a qual corresponde às durações de vida extrema, suscetíveis de serem atingidas pelo ser humano (V. 324-8) que, ao contrário daquela, são excepcionais.

  • 1. Com maior precisão, costuma-se falar de vida provável ao nascer e, em geral, de vida provável à idade x, que corresponde à mediana (140-6) de sobre vivências.
  • 2. Na expressão idade normal de óbito, a palavra normal tem a mesma significação que lhe atribuem os estatísticos ao se referirem à lei normal, curva normal etc, havendo, porém, uma tendência contra o seu emprego em tal sentido, a fim de evitar confusão por parte dos menos avisados, sendo preferível o termo idade modal de óbito.

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Uma tábua completa de mortalidade1 é aquela que contém valores das funções biométricas (431-2) para cada idade. É também denominada tábua detalhada de mortalidade1. A tábua abreviada de mortalidade2 comporta apenas os valores das funções biométricas para certas idades básicas3, valores dos quais se obtêm, por interpolação, os correspondentes às demais idades. Todavia, a expressão tábua abreviada de mortalidade é também empregada para designar uma tábua resumida de mortalidade4, ou seja, um extrato da tábua detalhada de mortalidade. Denomina-se tábua de mortalidade de grupo selecionado5 ou tábua atuarial de mortalidade5 àquela referente a grupos de indivíduos especialmente selecionados (em geral clientes de companhias de seguros), em oposição às tábuas de mortalidade global6 ou tábuas de mortalidade demográficas6 que se baseiam na observação de toda a população (no sentido de 101-3).

  • 5. atuarial, adj. — atuário, s.m., especialista na aplicação da matemática aos problemas de seguro.

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A tábua de mortalidade de contemporâneos1 (V. 153-2) resulta das observações feitas durante certo período de referência sobre o conjunto de gerações (116-1) representadas naquela época, enquanto que a tábua de mortalidade de geração2 (V. 153-3) ou tábua de mortalidade de coorte2 decorre da observação de uma geração ou coorte ao longo de sua existência. A superfície representativa das probabilidades de morte (432-2) em função da idade e da data de observação é chamada superfície de mortalidade3.

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O método freqüentemente empregado em demografia para calcular as funções das tábuas de mortalidade (431-2) baseia-se no diagrama de Lexis1, no qual cada indivíduo é representado por um segmento de reta, denominado linha de vida2, que começa no ponto correspondente ao nascimento e termina no ponto de morte3; utiliza uma classificação combinada de óbitos por idade e ano do nascimento. Recentemente, vem sendo empregado um método para estudar a mortalidade nas idades muito avançadas chamado método das gerações extintas4.


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