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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - edição 1969)

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(Hulda Maria Gomes, edição 1969 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística & Centro Brasileiro de Estudos Demográfico)
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Regresso ao Página principal | Prefacio | Índice
Capítulo | Introdução | Conceitos gerais índice 1 | Elaboração das estatísticas demográficas índice 2 | Distribuição e composição da população índice 3 | Mortalidade e morbidade índice 4 | Nupcialidade índice 5 | Fecundidade índice 6 | Crescimento e reposição da população índice 7 | Migração índice 8 | Aspectos econômicos e sociais da demografia índice 9
Secção | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


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O período reprodutivo1 ou período fecundo1 começa na puberdade2. A menstruação3 — aparecimento do mênstruo4 ou regras4 — também se inicia na puberdade. As primeiras regras são chamadas menarquia5 e a menstruação cessa com a menopausa6 ou climatério6. A ausência de menstruação é denominada amenorréia7 ou amenia7.

  • 3. menstruação, s.f. — menstruar, v.i. — menstrual, adj.
  • 6. climatério, s.m. — climatérico, adj. A expressão período crítico é usada como sinônimo, em linguagem popular.

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A fertilidade1 ou prolificidade1 é a capacidade de reprodução de um homem, uma mulher ou um casal e a esterilidade2 é a incapacidade fisiológica de procriar. As palavras fecundidade3 (601-1) e infecundidade4 indicam, respectivamente, a procriação efetiva e a ausência de procriação de um indivíduo ou grupo. Cumpre observar que, em inglês, as palavras fertilidade e fecundidade têm o sentido diametralmente opôsto àquele dado nas línguas portuguesa, francesa e espanhola; e, também, que, embora as convenções salientadas acima sejam, em geral, adotadas pelos demógrafos, os têrmos fertilidade e fecundidade são praticamente equivalentes em medicina. A infecundidade pode ser devida à esterilidade e à infecundidade voluntária5.

  • 1. fertilidade, s.f. — fértil, adj. O têrmo baixa fertilidade, quando aplicado a um indivíduo ou grupo, significa que a capacidade de procriação é inferior à normal.
    prolificidade, s.f. — prolífico, adj.
  • 2. esterilidade, s.f. — estéril, adj. — esterilizar, v.t., tornar estéril. — esterilização, s.f., operação de esterilizar.
  • 3. fecundidade, s.f. — fecundo, adj. O termo baixa fecundidade é aplicado às pessoas e populações com índices de fecundidade abaixo do normal.
  • 4. infecundidade, s.f. — infecundo, adj.

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Um casal estéril é incapaz de procriar. A esterilidade pode ser devida a um dos cônjuges ou a uma incompatibilidade biológica entre os dois, sendo cada um ou ambos capazes de procriar com outra pessoa. Distingue-se a esterilidade total1, ou incapacidade completa de procriação, da esterilidade parcial2, que aparece depois do nascimento de um ou mais filhos. A esterilidade pode ser permanente, mas há, também, períodos de esterilidade temporárias3. As mulheres têm períodos estéreis4 em cada ciclo menstrual5 (V. 620-3), uma vez que, geralmente, a concepção só é possível nos poucos dias em torno da ovulação6. A mulher é estéril durante o ciclo anovular7 (isto é, no qual a ovulação não ocorre) e também desde o sobreparto até o restabelecimento da ovulação que, via de regra, se dá após o puerpério (603-6).

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A fecundidade (621-3) de um casal depende de sua fertilidade (621-1) e de seu comportamento sexual1 ou comportamento relativo à procriação1. Distinguem-se os casais malthusianos2 (V. 906-1) que regulam o número e o espaçamento dos filhos, dos casais não malthusianos3 que não praticam tal regulação e cuja fecundidade depende de sua atividade sexual e fertilidade. O planejamento familiar4 ou planificação da família4 consiste na redução dos nascimentos5 ou limitação de filhos5, quer temporariamente para conseguir o intervalo pretendido entre sucessivos nascimentos, quer permanentemente para evitar o nascimento de filhos em maior número do que o desejado. Empregam-se, também, as expressões controle da natalidade6, controle da concepção6, limitação da natalidade6 e infecundidade voluntária6.

  • 4. Os estudos sobre o planejamento familiar costumam distinguir os casais que não tentam regular o número e o espaçamento dos filhos, daqueles que o fazem, e subdividem estes de acordo com o grau de sucesso alcançado.

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Entende-se por anticoncepcionismo1 as medidas contraceptivas1 adotadas com o fito de evitar que as relações sexuais2 ou o coito2 resultem em concepção. A esterilização e a abstinência, permanente ou periódica, são em geral excluídas. O método anticoncepcional3 é, algumas vezes, chamado método de controle da natalidade3 ou método de limitação de filhos3. Esta última expressão, todavia, é também usada em sentido mais amplo, incluindo o aborto provocado (604-2), a esterilização (621-2*) e a abstinência4 ou continência4, isto é, a abstenção de relações sexuais, que não são, comumente, considerados como métodos anticoncepcionais. Determinada abstinência periódica (625-6) é classificada como método de limitação de filhos, quando empregada no sentido amplo, e aceita por alguns demógrafos como método anticoncepcional.

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Os métodos anticonceptivos costumam ser divididos em métodos artificiais1 ou métodos terapêuticos1 e métodos naturais2 ou métodos biológicos2. Os primeiros utilizam anticoncepcionais3 ou dispositivos anticoncepcionais3 que evitam a união dos gametas (azoospermáticos masculinos e anovulatóríos femininos), ou anticoncepcionais químicos4 ou espermaticidas4 que matam o espermatozoide. Os processos biológicos são o método reflexológico5 ou \"coitus interruptus\"5 e o método rítmico6 ou abstinência periódica6, também conhecido como método Ogino-Knauss6, no qual o coito é evitado no período fértil ou próximo da ovulação e praticado durante o período de segurança7 do ciclo menstrual (622-5) da mulher, quando se acredita seja ela incapaz de conceber (602-1). No planejamento familiar (623-4), alguns casais empregam o método Ogino-Knauss para assegurar a concepção na época desejada, isto é, mantêm relações sexuais durante o período da ovulação.

  • 2. A Igreja Católica Romana considera a abstinência periódica como método natural e todos os outros como métodos artificiais.

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Os processos artificiais podem ser: mecânicos, quando empregam o condon1, por parte do homem, e o diafragma2 ou pessário2, anéis intra-uterinos3 ou DIU3, tampões4 ou esponjas4 e duchas5 ou lavagens5, por parte da mulher; químicos, quando a mulher usa geléias6, cremes6, pastas6 ou supositórios6; e hormonais, através de pílulas, injeções ou poções(azoospermáticas ou anovulatórias). Certos contraceptivos são usados em combinação com outros, por exemplo: diafragma e geléia.

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Os processos cirúrgicos1, incluídos nos métodos artificiais, compreendem a secção do canal espermático2, a ablaçao dos testículos3 e a fenestração do meato4, no homem, e a secção ou ligadura das trompas5, a ablação dos ovários6 e a histerectomia7, na mulher. Alguns demógrafos consideram, ainda, como método anticoncepcional, os processos abortivos, que interrompem o desenvolvimento do ôvo, promovendo a prematura expulsão do feto. Os processos abortivos8 variam entre os mecânicos, isto é, pressão externa, curetagem e extração do feto, e os químicos, de discutível eficácia.


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