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Dicionário Demográfico Multilíngüe (Português - edição 1969)

Diferenças entre edições de "63"

De Demopædia
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(Hulda Maria Gomes, edição 1969 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística & Centro Brasileiro de Estudos Demográfico)
(Hulda Maria Gomes, edição 1969 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística & Centro Brasileiro de Estudos Demográfico)
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Várias são as medidas usadas para calcular a freqüência dos nascimentos. A mais simples é a taxa {{TextTerm|de natalidade|1|630|IndexEntry=TAXA de natalidade|OtherIndexEntry=NATALIDADE taxa}} ou {{TextTerm|coeficiente de natalidade|1|630|2|IndexEntry=COEFICIENTE de natalidade|OtherIndexEntry=NATALIDADE coeficiente}} que é a relação entre o número de nascimentos e o número de pessoas já existentes. Usa-se, com mais precisão, designar por taxa {{TextTerm|bruta de natalidade|1|630|3|IndexEntry=BRUTA taxa de natalidade|OtherIndexEntry=CENTRAL, coeficiente de natalidade}} o coeficiente oriundo da fração cujo numerador é o total de nascimentos ocorridos em dado período e o denominador, o total de anos-pessoa vividos pela população durante o mesmo período. A última expressão é, em geral, aproximada pelo tamanho da população no ponto médio do período, multiplicado pelo número de anos do período. As taxas são, comumente, expressas por 1.000. Como os demais coeficientes em que a população no ponto médio do período é colocada no denominador da fração, êste é, algumas vêzes, chamado {{TextTerm|coeficiente central de natalidade|1|630|4|IndexEntry=COEFICIENTE central de natalidade}}. Quando o têrmo "taxa de natalidade" é empregado sem maiores esclarecimentos, significa a {{TextTerm|taxa de natalidade efetiva|2|630|IndexEntry=TAXA de natalidade efetiva}} e só o número de nascidos vivos ({{RefNumber|60|1|.4}}) aparece no denominador. Obtém-se a {{TextTerm|taxa de natalidade total|3|630|IndexEntry=TAXA de natalidade total}} ou {{TextTerm|coeficiente total de natalidade|3|630|2|IndexEntry=COEFICIENTE total de natalidade}}, quando no denominador figura o total de nascimento ({{RefNumber|60|1|.7}}). Podem-se calcular as {{TextTerm|taxas de natalidade legítima|4|630|IndexEntry=TAXA de natalidade legítima}} e as {{TextTerm|taxas de natalidade ilegítima|5|630|IndexEntry=TAXA de natalidade ilegítima}}, colocando-se no denominador o número de nascimentos legítimos e ilegítimos, respectivamente. A {{TextTerm|razão de natalidade ilegítima|6|630|IndexEntry=RAZÃO de natalidade legítima|OtherIndexEntry=NATALIDADE ilegítima, razão}}, ou o número de nascimentos ilegítimos por 1.000 nascimentos, é calculada com freqüência. Essas taxas e razões se baseiam, em geral, na natalidade efetiva. Na comparação da fecundidade de diferentes populações, empregam-se muitas vezes {{TextTerm|taxas ajustadas de natalidade|7|630|IndexEntry=AJUSTADA, de natalidade}} ou {{TextTerm|taxas padronizadas de natalidade|7|630|2|IndexEntry=PADRONIZADA, taxa de natalidade}}, a fim de eliminar os efeitos de certas diferenças na estrutura de cada população (geralmente no sexo e na idade). Na falta de dados fidedignos dos nascimentos, usa-se a {{TextTerm|razão mulheres-crianças|8|630|IndexEntry=RAZÃO de mulheres/crianças|OtherIndexEntry=MULHERES/crianças, razão}} ou a relação do número de crianças de 0 a 4 anos por 1.000 mulheres em idade de procriar, isto é, de 15 ou 20 anos a 44 ou 49 anos, como índice de fecundidade.
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Várias são as medidas usadas para calcular a freqüência dos nascimentos. A mais simples é a taxa {{TextTerm|de natalidade|1|630|IndexEntry=TAXA de natalidade|OtherIndexEntry=NATALIDADE taxa}} ou {{TextTerm|coeficiente de natalidade|1|630|2|IndexEntry=COEFICIENTE de natalidade|OtherIndexEntry=NATALIDADE coeficiente}} que é a relação entre o número de nascimentos e o número de pessoas já existentes. Usa-se, com mais precisão, designar por taxa {{TextTerm|bruta de natalidade|1|630|3|IndexEntry=BRUTA taxa de natalidade|OtherIndexEntry=CENTRAL, coeficiente de natalidade}} o coeficiente oriundo da fração cujo numerador é o total de nascimentos ocorridos em dado período e o denominador, o total de anos-pessoa vividos pela população durante o mesmo período. A última expressão é, em geral, aproximada pelo tamanho da população no ponto médio do período, multiplicado pelo número de anos do período. As taxas são, comumente, expressas por 1.000. Como os demais coeficientes em que a população no ponto médio do período é colocada no denominador da fração, êste é, algumas vêzes, chamado {{TextTerm|coeficiente central de natalidade|1|630|4|IndexEntry=COEFICIENTE central de natalidade}}. Quando o têrmo "taxa de natalidade" é empregado sem maiores esclarecimentos, significa a {{TextTerm|taxa de natalidade efetiva|2|630|IndexEntry=TAXA de natalidade efetiva}} e só o número de nascidos vivos ({{RefNumber|60|1|4}}) aparece no denominador. Obtém-se a {{TextTerm|taxa de natalidade total|3|630|IndexEntry=TAXA de natalidade total}} ou {{TextTerm|coeficiente total de natalidade|3|630|2|IndexEntry=COEFICIENTE total de natalidade}}, quando no denominador figura o total de nascimento ({{RefNumber|60|1|7}}). Podem-se calcular as {{TextTerm|taxas de natalidade legítima|4|630|IndexEntry=TAXA de natalidade legítima}} e as {{TextTerm|taxas de natalidade ilegítima|5|630|IndexEntry=TAXA de natalidade ilegítima}}, colocando-se no denominador o número de nascimentos legítimos e ilegítimos, respectivamente. A {{TextTerm|razão de natalidade ilegítima|6|630|IndexEntry=RAZÃO de natalidade legítima|OtherIndexEntry=NATALIDADE ilegítima, razão}}, ou o número de nascimentos ilegítimos por 1.000 nascimentos, é calculada com freqüência. Essas taxas e razões se baseiam, em geral, na natalidade efetiva. Na comparação da fecundidade de diferentes populações, empregam-se muitas vezes {{TextTerm|taxas ajustadas de natalidade|7|630|IndexEntry=AJUSTADA, de natalidade}} ou {{TextTerm|taxas padronizadas de natalidade|7|630|2|IndexEntry=PADRONIZADA, taxa de natalidade}}, a fim de eliminar os efeitos de certas diferenças na estrutura de cada população (geralmente no sexo e na idade). Na falta de dados fidedignos dos nascimentos, usa-se a {{TextTerm|razão mulheres-crianças|8|630|IndexEntry=RAZÃO de mulheres/crianças|OtherIndexEntry=MULHERES/crianças, razão}} ou a relação do número de crianças de 0 a 4 anos por 1.000 mulheres em idade de procriar, isto é, de 15 ou 20 anos a 44 ou 49 anos, como índice de fecundidade.
{{Note|3| A {{NoteTerm|razão de mortinatalidade}} é calculada dividindo-se o número de natimortos pelo número de nascidos vivos (veja-se {{RefNumber|41|1|.4}} para as taxas de mortinatalidade).}}
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{{Note|3| A {{NoteTerm|razão de mortinatalidade}} é calculada dividindo-se o número de natimortos pelo número de nascidos vivos (veja-se {{RefNumber|41|1|4}} para as taxas de mortinatalidade).}}
  
 
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O coeficiente que se obtém dividindo-se o número de nascimentos pelo de indivíduos do mesmo sexo em idade de procriar é denominado {{TextTerm|taxa de fecundidade|1|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade|OtherIndexEntry=FECUNDIDADE taxa}}. As {{TextTerm|taxas de fecundidade feminina|2|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade feminina|OtherIndexEntry=FEMININA fecundidade, taxa}}, que estabelecem a relação dos nascimentos para as mulheres em idade de procriar, são mais comuns do que as {{TextTerm|taxas de fecundidade masculina|3|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade masculina}}, também calculadas em alguns casos. As {{TextTerm|taxas de fecundidade legítima|4|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade legítima|OtherIndexEntry=LEGÍTIMA fecundidade, taxa}} indicam a proporção do número de nascimentos legítimos ({{RefNumber|61|0|.3}}) para o total de pessoas casadas e as {{TextTerm|taxas de fecundidade ilegítima|5|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade ilegítima|OtherIndexEntry=ILEGÍTIMA fecundidade, taxa}}, o número de nascimentos ilegítimos ({{RefNumber|61|0|.4}}) para o total de pessoas solteiras, viúvas e desquitadas. Quando não há distinção do estado conjugai ({{RefNumber|51|5|.1}}), os coeficientes de fecundidade são denominados {{TextTerm|taxas de fecundidade geral|6|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade geral|OtherIndexEntry=GERAL fecundidade, taxa}}. As {{TextTerm|taxas de fecundidade total|7|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade total}} relacionam, geralmente, o total de nascimentos ao total de mulheres em idade reprodutiva, sem distinção do estado civil e, nesse caso, são iguais às taxas de fecundidade feminina ({{RefNumber|63|1|.2}}). Calculando-se as taxas por determinadas idades ou grupos de idade, obtêm-se as {{TextTerm|taxas de fecundidade por idade|8|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade por idade|OtherIndexEntry=IDADE taxa, por de fecundidade}} ou {{TextTerm|taxas de natalidade por idade|8|631|2|IndexEntry=TAXA de natalidade por idade|OtherIndexEntry=IDADE taxa, por de natalidade}}, nas quais só são computados os nascidos vivos.
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O coeficiente que se obtém dividindo-se o número de nascimentos pelo de indivíduos do mesmo sexo em idade de procriar é denominado {{TextTerm|taxa de fecundidade|1|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade|OtherIndexEntry=FECUNDIDADE taxa}}. As {{TextTerm|taxas de fecundidade feminina|2|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade feminina|OtherIndexEntry=FEMININA fecundidade, taxa}}, que estabelecem a relação dos nascimentos para as mulheres em idade de procriar, são mais comuns do que as {{TextTerm|taxas de fecundidade masculina|3|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade masculina}}, também calculadas em alguns casos. As {{TextTerm|taxas de fecundidade legítima|4|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade legítima|OtherIndexEntry=LEGÍTIMA fecundidade, taxa}} indicam a proporção do número de nascimentos legítimos ({{RefNumber|61|0|3}}) para o total de pessoas casadas e as {{TextTerm|taxas de fecundidade ilegítima|5|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade ilegítima|OtherIndexEntry=ILEGÍTIMA fecundidade, taxa}}, o número de nascimentos ilegítimos ({{RefNumber|61|0|4}}) para o total de pessoas solteiras, viúvas e desquitadas. Quando não há distinção do estado conjugai ({{RefNumber|51|5|1}}), os coeficientes de fecundidade são denominados {{TextTerm|taxas de fecundidade geral|6|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade geral|OtherIndexEntry=GERAL fecundidade, taxa}}. As {{TextTerm|taxas de fecundidade total|7|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade total}} relacionam, geralmente, o total de nascimentos ao total de mulheres em idade reprodutiva, sem distinção do estado civil e, nesse caso, são iguais às taxas de fecundidade feminina ({{RefNumber|63|1|2}}). Calculando-se as taxas por determinadas idades ou grupos de idade, obtêm-se as {{TextTerm|taxas de fecundidade por idade|8|631|IndexEntry=TAXA de fecundidade por idade|OtherIndexEntry=IDADE taxa, por de fecundidade}} ou {{TextTerm|taxas de natalidade por idade|8|631|2|IndexEntry=TAXA de natalidade por idade|OtherIndexEntry=IDADE taxa, por de natalidade}}, nas quais só são computados os nascidos vivos.
  
 
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Sob o nome de {{TextTerm|fecundidade de uma coorte|1|632|IndexEntry=FECUNDIDADE de uma coorte|OtherIndexEntry=COORTE fecundidade}}, estuda-se o comportamento reprodutivo de determinadas coortes de nascimentos ou casamentos (V. {{RefNumber|11|6|.2}} para coorte). Quando se consideram coortes de nascimentos, emprega-se também a expressão {{TextTerm|fecundidade de uma geração|1|632|2|IndexEntry=FECUNDIDADE de uma geração}}. As coortes femininas são as mais usadas. O comportamento reprodutivo total, desde o início da idade fecunda até determinada idade posterior, constitui a {{TextTerm|fecundidade acumulada|2|632|IndexEntry=FECUNDIDADE acumulada|OtherIndexEntry=ACUMULADA fecundidade}}. Denomina-se {{TextTerm|fecundidade completa|3|632|IndexEntry=FECUNDIDADE completa|OtherIndexEntry=COMPLETA fecundidade}} ou {{TextTerm|fecundidade final|3|632|2|IndexEntry=FECUNDIDADE final|OtherIndexEntry=FINAL, fecundidade}} a fecundidade acumulada de uma coorte à época em que seus sobreviventes (no caso de uma coorte de nascimentos) ou seus sobreviventes mais jovens (no caso de uma coorte de casamentos) atingem o final do período reprodutivo. Antes dessa época, emprega-se o termo {{TextTerm|fecundidade incompleta|4|632|IndexEntry=FECUNDIDADE incompleta|OtherIndexEntry=INCOMPLETA, fecundidade}} para significar que a fecundidade acumulada da coorte está sujeita a um aumento provável.
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Sob o nome de {{TextTerm|fecundidade de uma coorte|1|632|IndexEntry=FECUNDIDADE de uma coorte|OtherIndexEntry=COORTE fecundidade}}, estuda-se o comportamento reprodutivo de determinadas coortes de nascimentos ou casamentos (V. {{RefNumber|11|6|2}} para coorte). Quando se consideram coortes de nascimentos, emprega-se também a expressão {{TextTerm|fecundidade de uma geração|1|632|2|IndexEntry=FECUNDIDADE de uma geração}}. As coortes femininas são as mais usadas. O comportamento reprodutivo total, desde o início da idade fecunda até determinada idade posterior, constitui a {{TextTerm|fecundidade acumulada|2|632|IndexEntry=FECUNDIDADE acumulada|OtherIndexEntry=ACUMULADA fecundidade}}. Denomina-se {{TextTerm|fecundidade completa|3|632|IndexEntry=FECUNDIDADE completa|OtherIndexEntry=COMPLETA fecundidade}} ou {{TextTerm|fecundidade final|3|632|2|IndexEntry=FECUNDIDADE final|OtherIndexEntry=FINAL, fecundidade}} a fecundidade acumulada de uma coorte à época em que seus sobreviventes (no caso de uma coorte de nascimentos) ou seus sobreviventes mais jovens (no caso de uma coorte de casamentos) atingem o final do período reprodutivo. Antes dessa época, emprega-se o termo {{TextTerm|fecundidade incompleta|4|632|IndexEntry=FECUNDIDADE incompleta|OtherIndexEntry=INCOMPLETA, fecundidade}} para significar que a fecundidade acumulada da coorte está sujeita a um aumento provável.
 
{{Note|3| No cálculo dos {{NoteTerm|coeficientes de natalidade acumulada}} e {{NoteTerm|coeficientes terminais de natalidade}} para coortes femininas de nascimentos ou casamentos, o denominador é, em. geral, o número de mulheres sobreviventes de determinada idade ou em determinada época e o numerador representa apenas os filhos dados à luz pelas mesmas, antes daquela idade ou época, isto é, as mulheres que faleceram! antes e os respectivos filhos são excluídos.}}
 
{{Note|3| No cálculo dos {{NoteTerm|coeficientes de natalidade acumulada}} e {{NoteTerm|coeficientes terminais de natalidade}} para coortes femininas de nascimentos ou casamentos, o denominador é, em. geral, o número de mulheres sobreviventes de determinada idade ou em determinada época e o numerador representa apenas os filhos dados à luz pelas mesmas, antes daquela idade ou época, isto é, as mulheres que faleceram! antes e os respectivos filhos são excluídos.}}
  
 
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Estuda-se a {{TextTerm|fecundidade no casamento|1|633|IndexEntry=FECUNDIDADE no casamento|OtherIndexEntry=CASAMENTO fecundidade}} ou a {{TextTerm|fecundidade matrimonial|1|633|2|IndexEntry=FECUNDIDADE matrimonial|OtherIndexEntry=MATRIMONIAL fecundidade}}, por meio de coeficientes específicos {{NoteTerm|de}} duração<sup>2</sup> ou {{TextTerm|taxas de fecundidade segundo a duração do casamento|2|633|IndexEntry=TAXA de fecundidade segundo a duração do casamento}} que estabelecem a relação dos nascimentos, ocorridos em determinado período de vida conjugai, para o total de anos-pessoa vividos pelas mulheres (ou homens) durante o mesmo período. O {{TextTerm|índice sintético de fecundidade no casamento|3|633|IndexEntry=ÍNDICE sintético de fecundidade no casamento|OtherIndexEntry=SINTÉTICO, índice de fecundidade no casamento}} e o {{TextTerm|número médio de nascimentos por casamento|4|633|IndexEntry=NÚMERO médio de nascimentos por casamento}} podem ser calculados pela soma dos coeficientes específicos de duração para dado período. Os resultados assim obtidos se referem à fecundidade global de uma coorte hipotética de casamentos e não à fecundidade terminal ({{RefNumber|63|2|.3}}) de uma coorte verdadeira de casamentos.
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Estuda-se a {{TextTerm|fecundidade no casamento|1|633|IndexEntry=FECUNDIDADE no casamento|OtherIndexEntry=CASAMENTO fecundidade}} ou a {{TextTerm|fecundidade matrimonial|1|633|2|IndexEntry=FECUNDIDADE matrimonial|OtherIndexEntry=MATRIMONIAL fecundidade}}, por meio de coeficientes específicos {{NoteTerm|de}} duração<sup>2</sup> ou {{TextTerm|taxas de fecundidade segundo a duração do casamento|2|633|IndexEntry=TAXA de fecundidade segundo a duração do casamento}} que estabelecem a relação dos nascimentos, ocorridos em determinado período de vida conjugai, para o total de anos-pessoa vividos pelas mulheres (ou homens) durante o mesmo período. O {{TextTerm|índice sintético de fecundidade no casamento|3|633|IndexEntry=ÍNDICE sintético de fecundidade no casamento|OtherIndexEntry=SINTÉTICO, índice de fecundidade no casamento}} e o {{TextTerm|número médio de nascimentos por casamento|4|633|IndexEntry=NÚMERO médio de nascimentos por casamento}} podem ser calculados pela soma dos coeficientes específicos de duração para dado período. Os resultados assim obtidos se referem à fecundidade global de uma coorte hipotética de casamentos e não à fecundidade terminal ({{RefNumber|63|2|3}}) de uma coorte verdadeira de casamentos.
  
 
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A {{TextTerm|tábua de fecundidade|1|634|IndexEntry=TÁBUA de fecundidade|OtherIndexEntry=FECUNDIDADE tábua}} (V. {{RefNumber|15|3|.1}}) ou {{TextTerm|calendário de fecundidade|1|634|2|IndexEntry=CALENDÁRIO de fecundidade}} apresenta, em geral, as taxas de fecundidade segundo a idade ou duração do casamento (ou ambas) e, freqüentemente, segundo a ordem do nascimento ({{RefNumber|61|1|.1}}.). É, algumas vezes, denominada tábua de {{TextTerm|funções de fecundidade|2|634|IndexEntry=FUNÇÃO de fecundidade|OtherIndexEntry=FECUNDIDADE função}}. Algumas tábuas de fecundidade contêm a experiência real de coortes de casamentos em relação à procriação, isto é, o comportamento dos cônjuges quanto ao assunto, e as taxas mencionadas no parágrafo 632. Outras mostram o procedimento de diferentes grupos de idade (ou gerações) em determinado ano ou intervalo de tempo. A soma de todas as taxas de fecundidade por idade determina o {{TextTerm|índice de fecundidade total|3|634|IndexEntry=ÍNDICE de fecundidade total}} e representa o número de nascimentos por 1.000 mulheres (ou homens) se não ocorressem óbitos e estivessem sujeitas às taxas de fecundidade por idade de uma tábua específica de fecundidade. A taxa bruta de reprodução feminina ({{RefNumber|71|1|.4}}) obtida pela multiplicação da taxa de fecundidade total pela proporção de nascimentos femininos é freqüentemente usada. A proporção de nascimentos femininos é o complemento da {{TextTerm|taxa de masculinidade dos nascimentos|4|634|IndexEntry=TAXA de masculinidade dos nascimentos}}. A {{TextTerm|razão de masculinidade nos nascimentos|5|634|IndexEntry=RAZÃO de masculinidade nos nascimentos}} ou {{TextTerm|relação de masculinidade nos nascimentos|5|634|2|IndexEntry=RELAÇÃO nos nascimentos}} é, em geral, expressa pela proporção do número de nascidos vivos do sexo masculino para os do sexo feminino. A {{TextTerm|proporção de masculinidade nas concepções|7|634|IndexEntry=PROPORÇÃO de masculinidade nas concepções|OtherIndexEntry=CONCEPÇÕES, proporção de masculinidade}}, embora de interesse, é de difícil obtenção, devido à escassez de dados relativos ao sexo nos óbitos fetais ({{RefNumber|41|0|.6}}*) durante a primeira semana ou mês depois da concepção ({{RefNumber|60|2|.1}}).
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A {{TextTerm|tábua de fecundidade|1|634|IndexEntry=TÁBUA de fecundidade|OtherIndexEntry=FECUNDIDADE tábua}} (V. {{RefNumber|15|3|1}}) ou {{TextTerm|calendário de fecundidade|1|634|2|IndexEntry=CALENDÁRIO de fecundidade}} apresenta, em geral, as taxas de fecundidade segundo a idade ou duração do casamento (ou ambas) e, freqüentemente, segundo a ordem do nascimento ({{RefNumber|61|1|1}}.). É, algumas vezes, denominada tábua de {{TextTerm|funções de fecundidade|2|634|IndexEntry=FUNÇÃO de fecundidade|OtherIndexEntry=FECUNDIDADE função}}. Algumas tábuas de fecundidade contêm a experiência real de coortes de casamentos em relação à procriação, isto é, o comportamento dos cônjuges quanto ao assunto, e as taxas mencionadas no parágrafo 632. Outras mostram o procedimento de diferentes grupos de idade (ou gerações) em determinado ano ou intervalo de tempo. A soma de todas as taxas de fecundidade por idade determina o {{TextTerm|índice de fecundidade total|3|634|IndexEntry=ÍNDICE de fecundidade total}} e representa o número de nascimentos por 1.000 mulheres (ou homens) se não ocorressem óbitos e estivessem sujeitas às taxas de fecundidade por idade de uma tábua específica de fecundidade. A taxa bruta de reprodução feminina ({{RefNumber|71|1|4}}) obtida pela multiplicação da taxa de fecundidade total pela proporção de nascimentos femininos é freqüentemente usada. A proporção de nascimentos femininos é o complemento da {{TextTerm|taxa de masculinidade dos nascimentos|4|634|IndexEntry=TAXA de masculinidade dos nascimentos}}. A {{TextTerm|razão de masculinidade nos nascimentos|5|634|IndexEntry=RAZÃO de masculinidade nos nascimentos}} ou {{TextTerm|relação de masculinidade nos nascimentos|5|634|2|IndexEntry=RELAÇÃO nos nascimentos}} é, em geral, expressa pela proporção do número de nascidos vivos do sexo masculino para os do sexo feminino. A {{TextTerm|proporção de masculinidade nas concepções|7|634|IndexEntry=PROPORÇÃO de masculinidade nas concepções|OtherIndexEntry=CONCEPÇÕES, proporção de masculinidade}}, embora de interesse, é de difícil obtenção, devido à escassez de dados relativos ao sexo nos óbitos fetais ({{RefNumber|41|0|6}}*) durante a primeira semana ou mês depois da concepção ({{RefNumber|60|2|1}}).
  
 
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Usa-se a expressão {{TextTerm|taxa de natalidade segundo a ordem|1|636|IndexEntry=TAXA de natalidade segundo a ordem}} quando o numerador da taxa de natalidade ({{RefNumber|63|0|.1}}) se restringe aos nascimentos segundo certa ordem dada (V. {{RefNumber|61|1|.1}}), por exemplo: as taxas de fecundidade geral ({{RefNumber|63|1|.7}}) são freqüentemente subdivididas pela ordem dos nascimentos. As {{TextTerm|taxas de natalidade segundo a parturição|2|636|IndexEntry=TAXA de natalidade segundo a parturição|OtherIndexEntry=PARTURIÇÃO natalidade segundo a, taxa}} ou {{TextTerm|taxas de fecundidade segundo a parturição|2|636|2|IndexEntry=TAXA de fecundidade segundo a parturição|OtherIndexEntry=PARTURIÇÃO fecundidade segundo a, taxa}} limitam não só o numerador aos nascimentos segundo determinada ordem mas também o denominador às mulheres de parturição provável, por exemplo: segundos nascimentos de mulheres primíparas. Essas taxas são calculadas, em geral, segundo a idade ({{RefNumber|63|1|.8}}) ou a duração do casamento ({{RefNumber|63|3|.2}}). Ocasionalmente, as taxas de natalidade segundo a parturição são especificadas por idade {{NoteTerm|e}} duração do casamento. As {{TextTerm|probabilidades de nascimentos por parturição|3|636|IndexEntry=PROBABILIDADE de nascimentos por parturição|OtherIndexEntry=PARTURIÇÃO nascimentos por, probabilidade}} diferem das taxas de natalidade segundo a parturição apenas no denominador que consiste do número de mulheres no início do período que tiveram um filho da ordem seguinte à mais baixa daquela considerada no numerador. Um índice de fecundidade correlato é o {{TextTerm|coeficiente de progressão da parturição|4|636|IndexEntry=COEFICIENTE de progressão de parturíção|OtherIndexEntry=PROGRESSÃO da parturição, coeficiente}} ou relação do número de mulheres de parturição {{NonRefTerm|n}} de uma população de fecundidade completa para o número de mulheres de parturição {{NonRefTerm|n +}} 1 da mesma população. Tais proporções refletem todos os partos anteriores e podem ser calculadas para as mulheres de determinada idade ou coorte ({{RefNumber|11|6|.2}}). Os índices precedentes podem ser determinados para os homens, mas, na prática, raramente o são.
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Usa-se a expressão {{TextTerm|taxa de natalidade segundo a ordem|1|636|IndexEntry=TAXA de natalidade segundo a ordem}} quando o numerador da taxa de natalidade ({{RefNumber|63|0|1}}) se restringe aos nascimentos segundo certa ordem dada (V. {{RefNumber|61|1|1}}), por exemplo: as taxas de fecundidade geral ({{RefNumber|63|1|7}}) são freqüentemente subdivididas pela ordem dos nascimentos. As {{TextTerm|taxas de natalidade segundo a parturição|2|636|IndexEntry=TAXA de natalidade segundo a parturição|OtherIndexEntry=PARTURIÇÃO natalidade segundo a, taxa}} ou {{TextTerm|taxas de fecundidade segundo a parturição|2|636|2|IndexEntry=TAXA de fecundidade segundo a parturição|OtherIndexEntry=PARTURIÇÃO fecundidade segundo a, taxa}} limitam não só o numerador aos nascimentos segundo determinada ordem mas também o denominador às mulheres de parturição provável, por exemplo: segundos nascimentos de mulheres primíparas. Essas taxas são calculadas, em geral, segundo a idade ({{RefNumber|63|1|8}}) ou a duração do casamento ({{RefNumber|63|3|2}}). Ocasionalmente, as taxas de natalidade segundo a parturição são especificadas por idade {{NoteTerm|e}} duração do casamento. As {{TextTerm|probabilidades de nascimentos por parturição|3|636|IndexEntry=PROBABILIDADE de nascimentos por parturição|OtherIndexEntry=PARTURIÇÃO nascimentos por, probabilidade}} diferem das taxas de natalidade segundo a parturição apenas no denominador que consiste do número de mulheres no início do período que tiveram um filho da ordem seguinte à mais baixa daquela considerada no numerador. Um índice de fecundidade correlato é o {{TextTerm|coeficiente de progressão da parturição|4|636|IndexEntry=COEFICIENTE de progressão de parturíção|OtherIndexEntry=PROGRESSÃO da parturição, coeficiente}} ou relação do número de mulheres de parturição {{NonRefTerm|n}} de uma população de fecundidade completa para o número de mulheres de parturição {{NonRefTerm|n +}} 1 da mesma população. Tais proporções refletem todos os partos anteriores e podem ser calculadas para as mulheres de determinada idade ou coorte ({{RefNumber|11|6|2}}). Os índices precedentes podem ser determinados para os homens, mas, na prática, raramente o são.
  
 
=== 637 ===
 
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Os casais que não adotam medidas anticoncepcionais são denominados {{TextTerm|casais não contraceptivos|1|637|IndexEntry=CASAL não contraceptivo|OtherIndexEntry=NÃO CONTRACEPTIVO, casal}}. Estuda-se, por vezes, a {{TextTerm|fecundidade dos casais não contraceptivos|2|637|IndexEntry=FECUNDIDADE dos casais não contraceptivos|OtherIndexEntry=NÃO CONTRACEPTIVO, fecundidade}} e a probabilidade de concepção ({{RefNumber|60|2|.1}}) em cada ciclo mens-trual ({{RefNumber|62|2|.5}}) constitui a {{TextTerm|fertilidade|3|637|IndexEntry=FERTILIDADE}}. O {{TextTerm|histórico ginecológico|4|637|IndexEntry=HISTÓRICO ginecológico}} ou {{TextTerm|ficha gínecológica|4|637|2|IndexEntry=FICHA ginecológica}} de uma mulher fornece informações detalhadas sobre suas gestações, inclusive as datas do início e término de cada uma. Quando contém dados relativos aos períodos em que não houve risco de concepção (por exemplo, ausência prolongada por parte do marido), pode-se determinar a {{TextTerm|taxa de concepção|5|637|IndexEntry=TAXA de concepção|OtherIndexEntry=CONCEPÇÃO taxa}} que indica o número de concepções por unidade de tempo entre as mulheres, durante os períodos de {{TextTerm|exposição ao risco de concepção|6|637|IndexEntry=EXPOSIÇÃO ao risco de concepção}}(V. {{RefNumber|13|4|.3}}) As taxas de concepção costumam ser especificadas por idade ({{RefNumber|63|1|.8}}) ou duração do casamento ({{RefNumber|63|3|.2}}) e podem ser calculadas, separadamente, para os casais que praticam ou não o controle da natalidade e para períodos em que houve ou não adoção de anticoncepcionais. Referem-se, via de regra, a um período de 100 meses de exposição. Os {{TextTerm|meses de exposição ao risco, por concepção|7|637|IndexEntry=MESES de exposição ao risco por concepção|OtherIndexEntry=RISCO por concepção, meses de exposição ao}}, obtidos pelo processo inverso ao anterior, fornecem outro índice, resultante da divisão dos meses de exposição pelo número de concepções. A comparação entre as taxas de concepção dos casais que adotam e dos que não adotam medidas contraceptivas, de igual fertilidade, permite avaliar a {{TextTerm|eficácia da anticoncepção|8|637|IndexEntry=EFICÁCIA da anticoncepção|OtherIndexEntry=ANTICONCEPCÃO, eficácia}}, a {{TextTerm|eficiência dos métodos contraceptivos|8|637|2|IndexEntry=EFICIÊNCIA dos métodos contraceptivos}} ou o {{TextTerm|contrôle de natalidade efetivo|8|637|3|IndexEntry=CONTRÔLE de natalidade efetivo}}.
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Os casais que não adotam medidas anticoncepcionais são denominados {{TextTerm|casais não contraceptivos|1|637|IndexEntry=CASAL não contraceptivo|OtherIndexEntry=NÃO CONTRACEPTIVO, casal}}. Estuda-se, por vezes, a {{TextTerm|fecundidade dos casais não contraceptivos|2|637|IndexEntry=FECUNDIDADE dos casais não contraceptivos|OtherIndexEntry=NÃO CONTRACEPTIVO, fecundidade}} e a probabilidade de concepção ({{RefNumber|60|2|1}}) em cada ciclo mens-trual ({{RefNumber|62|2|5}}) constitui a {{TextTerm|fertilidade|3|637|IndexEntry=FERTILIDADE}}. O {{TextTerm|histórico ginecológico|4|637|IndexEntry=HISTÓRICO ginecológico}} ou {{TextTerm|ficha gínecológica|4|637|2|IndexEntry=FICHA ginecológica}} de uma mulher fornece informações detalhadas sobre suas gestações, inclusive as datas do início e término de cada uma. Quando contém dados relativos aos períodos em que não houve risco de concepção (por exemplo, ausência prolongada por parte do marido), pode-se determinar a {{TextTerm|taxa de concepção|5|637|IndexEntry=TAXA de concepção|OtherIndexEntry=CONCEPÇÃO taxa}} que indica o número de concepções por unidade de tempo entre as mulheres, durante os períodos de {{TextTerm|exposição ao risco de concepção|6|637|IndexEntry=EXPOSIÇÃO ao risco de concepção}}(V. {{RefNumber|13|4|3}}) As taxas de concepção costumam ser especificadas por idade ({{RefNumber|63|1|8}}) ou duração do casamento ({{RefNumber|63|3|2}}) e podem ser calculadas, separadamente, para os casais que praticam ou não o controle da natalidade e para períodos em que houve ou não adoção de anticoncepcionais. Referem-se, via de regra, a um período de 100 meses de exposição. Os {{TextTerm|meses de exposição ao risco, por concepção|7|637|IndexEntry=MESES de exposição ao risco por concepção|OtherIndexEntry=RISCO por concepção, meses de exposição ao}}, obtidos pelo processo inverso ao anterior, fornecem outro índice, resultante da divisão dos meses de exposição pelo número de concepções. A comparação entre as taxas de concepção dos casais que adotam e dos que não adotam medidas contraceptivas, de igual fertilidade, permite avaliar a {{TextTerm|eficácia da anticoncepção|8|637|IndexEntry=EFICÁCIA da anticoncepção|OtherIndexEntry=ANTICONCEPCÃO, eficácia}}, a {{TextTerm|eficiência dos métodos contraceptivos|8|637|2|IndexEntry=EFICIÊNCIA dos métodos contraceptivos}} ou o {{TextTerm|contrôle de natalidade efetivo|8|637|3|IndexEntry=CONTRÔLE de natalidade efetivo}}.
  
  

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Capítulo | Introdução | Conceitos gerais índice 1 | Elaboração das estatísticas demográficas índice 2 | Distribuição e composição da população índice 3 | Mortalidade e morbidade índice 4 | Nupcialidade índice 5 | Fecundidade índice 6 | Crescimento e reposição da população índice 7 | Migração índice 8 | Aspectos econômicos e sociais da demografia índice 9
Secção | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 20 | 21 | 22 | 23 | 30 | 31 | 32 | 33 | 34 | 35 | 40 | 41 | 42 | 43 | 50 | 51 | 52 | 60 | 61 | 62 | 63 | 70 | 71 | 72 | 80 | 81 | 90 | 91 | 92 | 93


630

Várias são as medidas usadas para calcular a freqüência dos nascimentos. A mais simples é a taxa de natalidade1 ou coeficiente de natalidade1 que é a relação entre o número de nascimentos e o número de pessoas já existentes. Usa-se, com mais precisão, designar por taxa bruta de natalidade1 o coeficiente oriundo da fração cujo numerador é o total de nascimentos ocorridos em dado período e o denominador, o total de anos-pessoa vividos pela população durante o mesmo período. A última expressão é, em geral, aproximada pelo tamanho da população no ponto médio do período, multiplicado pelo número de anos do período. As taxas são, comumente, expressas por 1.000. Como os demais coeficientes em que a população no ponto médio do período é colocada no denominador da fração, êste é, algumas vêzes, chamado coeficiente central de natalidade1. Quando o têrmo "taxa de natalidade" é empregado sem maiores esclarecimentos, significa a taxa de natalidade efetiva2 e só o número de nascidos vivos (601-4) aparece no denominador. Obtém-se a taxa de natalidade total3 ou coeficiente total de natalidade3, quando no denominador figura o total de nascimento (601-7). Podem-se calcular as taxas de natalidade legítima4 e as taxas de natalidade ilegítima5, colocando-se no denominador o número de nascimentos legítimos e ilegítimos, respectivamente. A razão de natalidade ilegítima6, ou o número de nascimentos ilegítimos por 1.000 nascimentos, é calculada com freqüência. Essas taxas e razões se baseiam, em geral, na natalidade efetiva. Na comparação da fecundidade de diferentes populações, empregam-se muitas vezes taxas ajustadas de natalidade7 ou taxas padronizadas de natalidade7, a fim de eliminar os efeitos de certas diferenças na estrutura de cada população (geralmente no sexo e na idade). Na falta de dados fidedignos dos nascimentos, usa-se a razão mulheres-crianças8 ou a relação do número de crianças de 0 a 4 anos por 1.000 mulheres em idade de procriar, isto é, de 15 ou 20 anos a 44 ou 49 anos, como índice de fecundidade.

  • 3. A razão de mortinatalidade é calculada dividindo-se o número de natimortos pelo número de nascidos vivos (veja-se 411-4 para as taxas de mortinatalidade).

631

O coeficiente que se obtém dividindo-se o número de nascimentos pelo de indivíduos do mesmo sexo em idade de procriar é denominado taxa de fecundidade1. As taxas de fecundidade feminina2, que estabelecem a relação dos nascimentos para as mulheres em idade de procriar, são mais comuns do que as taxas de fecundidade masculina3, também calculadas em alguns casos. As taxas de fecundidade legítima4 indicam a proporção do número de nascimentos legítimos (610-3) para o total de pessoas casadas e as taxas de fecundidade ilegítima5, o número de nascimentos ilegítimos (610-4) para o total de pessoas solteiras, viúvas e desquitadas. Quando não há distinção do estado conjugai (515-1), os coeficientes de fecundidade são denominados taxas de fecundidade geral6. As taxas de fecundidade total7 relacionam, geralmente, o total de nascimentos ao total de mulheres em idade reprodutiva, sem distinção do estado civil e, nesse caso, são iguais às taxas de fecundidade feminina (631-2). Calculando-se as taxas por determinadas idades ou grupos de idade, obtêm-se as taxas de fecundidade por idade8 ou taxas de natalidade por idade8, nas quais só são computados os nascidos vivos.

632

Sob o nome de fecundidade de uma coorte1, estuda-se o comportamento reprodutivo de determinadas coortes de nascimentos ou casamentos (V. 116-2 para coorte). Quando se consideram coortes de nascimentos, emprega-se também a expressão fecundidade de uma geração1. As coortes femininas são as mais usadas. O comportamento reprodutivo total, desde o início da idade fecunda até determinada idade posterior, constitui a fecundidade acumulada2. Denomina-se fecundidade completa3 ou fecundidade final3 a fecundidade acumulada de uma coorte à época em que seus sobreviventes (no caso de uma coorte de nascimentos) ou seus sobreviventes mais jovens (no caso de uma coorte de casamentos) atingem o final do período reprodutivo. Antes dessa época, emprega-se o termo fecundidade incompleta4 para significar que a fecundidade acumulada da coorte está sujeita a um aumento provável.

  • 3. No cálculo dos coeficientes de natalidade acumulada e coeficientes terminais de natalidade para coortes femininas de nascimentos ou casamentos, o denominador é, em. geral, o número de mulheres sobreviventes de determinada idade ou em determinada época e o numerador representa apenas os filhos dados à luz pelas mesmas, antes daquela idade ou época, isto é, as mulheres que faleceram! antes e os respectivos filhos são excluídos.

633

Estuda-se a fecundidade no casamento1 ou a fecundidade matrimonial1, por meio de coeficientes específicos de duração2 ou taxas de fecundidade segundo a duração do casamento2 que estabelecem a relação dos nascimentos, ocorridos em determinado período de vida conjugai, para o total de anos-pessoa vividos pelas mulheres (ou homens) durante o mesmo período. O índice sintético de fecundidade no casamento3 e o número médio de nascimentos por casamento4 podem ser calculados pela soma dos coeficientes específicos de duração para dado período. Os resultados assim obtidos se referem à fecundidade global de uma coorte hipotética de casamentos e não à fecundidade terminal (632-3) de uma coorte verdadeira de casamentos.

634

A tábua de fecundidade1 (V. 153-1) ou calendário de fecundidade1 apresenta, em geral, as taxas de fecundidade segundo a idade ou duração do casamento (ou ambas) e, freqüentemente, segundo a ordem do nascimento (611-1.). É, algumas vezes, denominada tábua de funções de fecundidade2. Algumas tábuas de fecundidade contêm a experiência real de coortes de casamentos em relação à procriação, isto é, o comportamento dos cônjuges quanto ao assunto, e as taxas mencionadas no parágrafo 632. Outras mostram o procedimento de diferentes grupos de idade (ou gerações) em determinado ano ou intervalo de tempo. A soma de todas as taxas de fecundidade por idade determina o índice de fecundidade total3 e representa o número de nascimentos por 1.000 mulheres (ou homens) se não ocorressem óbitos e estivessem sujeitas às taxas de fecundidade por idade de uma tábua específica de fecundidade. A taxa bruta de reprodução feminina (711-4) obtida pela multiplicação da taxa de fecundidade total pela proporção de nascimentos femininos é freqüentemente usada. A proporção de nascimentos femininos é o complemento da taxa de masculinidade dos nascimentos4. A razão de masculinidade nos nascimentos5 ou relação de masculinidade nos nascimentos5 é, em geral, expressa pela proporção do número de nascidos vivos do sexo masculino para os do sexo feminino. A proporção de masculinidade nas concepções7, embora de interesse, é de difícil obtenção, devido à escassez de dados relativos ao sexo nos óbitos fetais (410-6*) durante a primeira semana ou mês depois da concepção (602-1).

635

A distribuição das mulheres pelo número de partos é chamada distribuição segundo a parturição1 e, também, distribuição segundo a prolificidade1 ou distribuição segundo o número de filhos tidos1. A expressão distribuição segundo o tamanho da família1, embora usada por alguns, é ambígua, pois em certos estudos de tamanho da família2, incluem-se, além dos filhos, os demais membros. Outras estatísticas de famílias consideram apenas os filhos sobreviventes3 ou filhos nascidos vivos3 ou, ainda, os filhos dependentes4. No estudo da fecundidade no casamento, pode ser dada especial atenção aos casamentos de fecundidade completa5, isto é, nos quais a mulher já atingiu o final do período reprodutivo.

636

Usa-se a expressão taxa de natalidade segundo a ordem1 quando o numerador da taxa de natalidade (630-1) se restringe aos nascimentos segundo certa ordem dada (V. 611-1), por exemplo: as taxas de fecundidade geral (631-7) são freqüentemente subdivididas pela ordem dos nascimentos. As taxas de natalidade segundo a parturição2 ou taxas de fecundidade segundo a parturição2 limitam não só o numerador aos nascimentos segundo determinada ordem mas também o denominador às mulheres de parturição provável, por exemplo: segundos nascimentos de mulheres primíparas. Essas taxas são calculadas, em geral, segundo a idade (631-8) ou a duração do casamento (633-2). Ocasionalmente, as taxas de natalidade segundo a parturição são especificadas por idade e duração do casamento. As probabilidades de nascimentos por parturição3 diferem das taxas de natalidade segundo a parturição apenas no denominador que consiste do número de mulheres no início do período que tiveram um filho da ordem seguinte à mais baixa daquela considerada no numerador. Um índice de fecundidade correlato é o coeficiente de progressão da parturição4 ou relação do número de mulheres de parturição n de uma população de fecundidade completa para o número de mulheres de parturição n + 1 da mesma população. Tais proporções refletem todos os partos anteriores e podem ser calculadas para as mulheres de determinada idade ou coorte (116-2). Os índices precedentes podem ser determinados para os homens, mas, na prática, raramente o são.

637

Os casais que não adotam medidas anticoncepcionais são denominados casais não contraceptivos1. Estuda-se, por vezes, a fecundidade dos casais não contraceptivos2 e a probabilidade de concepção (602-1) em cada ciclo mens-trual (622-5) constitui a fertilidade3. O histórico ginecológico4 ou ficha gínecológica4 de uma mulher fornece informações detalhadas sobre suas gestações, inclusive as datas do início e término de cada uma. Quando contém dados relativos aos períodos em que não houve risco de concepção (por exemplo, ausência prolongada por parte do marido), pode-se determinar a taxa de concepção5 que indica o número de concepções por unidade de tempo entre as mulheres, durante os períodos de exposição ao risco de concepção6(V. 134-3) As taxas de concepção costumam ser especificadas por idade (631-8) ou duração do casamento (633-2) e podem ser calculadas, separadamente, para os casais que praticam ou não o controle da natalidade e para períodos em que houve ou não adoção de anticoncepcionais. Referem-se, via de regra, a um período de 100 meses de exposição. Os meses de exposição ao risco, por concepção7, obtidos pelo processo inverso ao anterior, fornecem outro índice, resultante da divisão dos meses de exposição pelo número de concepções. A comparação entre as taxas de concepção dos casais que adotam e dos que não adotam medidas contraceptivas, de igual fertilidade, permite avaliar a eficácia da anticoncepção8, a eficiência dos métodos contraceptivos8 ou o contrôle de natalidade efetivo8.


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