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A eugenia¹ estuda principalmente o papel da hereditariedade² ou transmissão dos caracteres humanos de geração para geração, através dos genes³ que os filhos recebem dos pais. O desenvolvimento da teoria eugênica depende do progresso da genética⁴ (V. 103-4*), ciência relativa à transmissão e aos efeitos dos fatores hereditários. A eugenia, como movimento social, constitui a política que visa ao aperfeiçoamento das qualidades raciais das populações.

• 1. eugenia, s.f. — eugênico, adj. — eugenista, s. 2 gên., especialista em eugenia — eugenismo, s.m., sinônimo de eugenia.
• 4. genética, s.f. — genético, adj. — geneticista, s. 2 gên., especialista em genética.

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Fazia-se, anteriormente, distinção entre caracteres hereditários¹ ou herdados e caracteres adquiridos² ou independentes de transmissão. Hoje, considera-se tal distinção apenas como uma diferença de grau, visto que a maioria dos caracteres fenotípicos³, isto é, visíveis, resulta da interação entre os fatores genotípicos⁴ ou hereditários e os fatores do meio. Os caracteres determinados por um gene (910-3) dominante⁵ aparecem em todos os indivíduos que os herdaram, ao contrário dos oriundos de gene recessivo⁶ que, embora presentes, não se manifestam, ocultos pelo dominante. A dominância de um gene, todavia, pode ser incompleta ou sua influência pode estar disfarçada por outros genes em uma ação poligenética. Um caráter letal⁷ geralmente ocasiona a morte prematura do feto (602-8). As variações devidas a alguma alteração do gene, chamadas mutações⁸, podem ser de origem patológica. A panmixia⁹ é a realização de uniões (501-3) ao acaso, quer dizer, independentemente da filiação das partes a grupos genéticos.

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A política de aperfeiçoamento dos caracteres da população é exercida através da eugenia positiva¹, visando à reprodução dos indivíduos capazes de melhorar as qualidades raciais das gerações futuras, ou da eugenia negativa², impedindo ou restringindo a procriaçao das pessoas que possam transmitir caracteres indesejáveis ou taras hereditárias³. A esterilização eugênica⁴, isto é, a esterilização dos indivíduos aparentemente transmissores de caracteres prejudiciais, é grandemente controvertida, devido a objeções de ordem moral e a sua relativa eficiência na redução da freqüência de genes recessivos (911-6). Entre as medidas eugênicas preconizadas, cita-se o exame pré-nupcial⁵ que fornece, aos casais desejosos de contrair matrimônio, informações sobre a provável qualidade de seus descendentes, prevenindo as uniões disgenéticas⁶ ou passíveis de produzir filhos defeituosos.